Usabilidade nunca esteve tão em alta no meio mundo como hoje. Seja você de marketing ou de engenharia – a usabilidade é um assunto constante na pauta e cada vez mais aplicado em novos caminhos, como design e inovação. O termo Usabilidade está historicamente relacionado à Ergonomia e à interação Humano-Computador. Segundo Itiro Iida, especialista em ergonomia, usabilidade é a facilidade e comodidade no uso dos produtos, tanto no ambiente doméstico como no profissional.
Outra definição técnica, a ISO 9241-11, traduz – pra mim – o ponto chave “usabilidade é a medida pela qual um produto pode ser usado por usuários específicos para alcançar objetivos específicos com efetividade, eficiência e satisfação em um contexto de uso específico”.
Lembrando!
- Efetividade: capacidade de se conseguir um efeito.
- Eficiência: capacidade de conseguir um efeito com melhor gestão de recursos possíveis.
- Satisfação: contentamento, prazer advindo da realização do que se espera, do que se deseja.
Para garantir o “grau de facilidade” de uma interface/interação precisamos avaliar e pautar os projetos a partir da tríplice criteriosa de efetividade-eficiência-satisfação. Portanto as interações não devem ser apenas fácies de serem usadas e sim engajadoras, empáticas e conectadas com os anseios emocionais do usuário a partir daquela experiência. Pra isso, é essencial que sejam feitas pesquisas com o usuário como protagonista.
Em 1971, Wilfred J. Hansen publicou um artigo chamado User engineering principles for interactive systems, onde definiu os princípios da usabilidade que 40 anos depois permanecem objetivos e atuais.
- Conhecer – de verdade – o usuário
- Minimizar a necessidade de memorização
- Otimizar operações consistentes na interface
- Desenvolver boas mensagens de erro

Um pouco mais aprofundado e recente, o polêmico Jakob Nielsen – analista de usabilidade, dona da Norman, Nielsen Group e Useit.com – define 10 critérios para avaliação da usabilidade de uma interface:
- Visibilidade de Status do Sistema: Garantir feedback constante das ações desempenhadas pelo usuário
- Relacionamento entre a interface do sistema e o mundo real: tornar o tom de comunicação coerente com o contexto do usuário e seu modelo mental.
- Liberdade e controle do usuário
- Consistência: a mesma linguagem e mesma lógica o tempo todo.
- Prevenção de erros: “Ainda melhor que uma boa mensagem de erro é um design cuidadoso que possa prevenir esses erros” (Nielsen)
- Reconhecimento ao invés de lembrança: evitar a necessidade do usuário memorizar, tornar a interação intuitiva.
- Flexibilidade e eficiência de uso: “o sistema precisa ser fácil para usuários leigos, mas flexível o bastante para se tornar ágil à usuários avançados.” (Tidbits)
- Estética e design minimalista
- Ajude os usuários a reconhecer, diagnosticar e sanar erros: as boas mensagens de erros.
- Ajuda e documentação: informações facilmente acessadas, objetivas e diretas.
Usabilidade é um conceito amplo e em transição. Evoluímos da simples “utilização” e hoje avançamos em design de interação e a experiência do usuário. É um approach diferente, da ergonomia e da computação, mas com muita conversão em conceitos básicos de marketing, gestão, relacionamento, design thinking.. Além do objetivo alinhadinho com o blog – entender como tornar as experiências das pessoas cada vez melhor, em cada projeto.
Isso é apenas o começo!